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MONÓLOGO À BEIRA-MAR
Maria José Limeira
Ah, tristeza.
Quantas dores
e decepções
são necessárias
para escrever
na areia branca
a palavra solidão?
Entre mágoa
e despedida,
um diálogo
que não se exprime.
Todo pedido de socorro
agoniza esmagado
no meio da multidão
entre as buzinas
do tráfego.
tristeza.
Muda de nome.
Serás chamada
de pássara!
Maria Limeira doce Jornalista
Maria o mar já te respondeu?
e que disse?
queres que fale com as areias para que te toquem com
carícias e beijos?
diz-me Maria para que as mande ter contigo aos
milhares e uma por uma falarão
das confissões e segredos de amor que deram ao mar.
Maria a minha areia também te irá beijar e o meu
segredo, o mar te irá levar
nas ondas que rebentam por não aguentarem de tantas
palavras que lhes dão.
não vês? Que é por isso que as ondas acabam nas
areias, é para que possas pegar
nos segredos e nas amarguras todas, senão...
como irias pegar em água
ou em palavras d'água e levá-las contigo?
mas não digas nada Às pedras porque são areias
mortas já nada podem fazer!
Ana Mª Costa
A resposta de Maria