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Não se esquece o que toca
a fibra dos sentidos
vez alguma
a palavra que roçou o corpo
foge
mesmo que a voz nunca lá esteja
um desejo quieto
corre
um suspiro breve
um olhar esquecido
acorda com a surpresa do teu rosto
um beijo cala-se
bem ao fundo do peito
e na concha das minhas mãos
brilham os teus lábios.
Basilio Miranda
E a voz ela é pó
que se levanta no ar
e pousa no sólido da respiração que dorme no ventre
e um olhar longe é o ouvido do horizonte no beijo com o monte
e é no gemido da terra que engole as veias
que nasce a palavra amor que arde no corpo
quando os teus lábios falam aos beijos.
Ana Mª Costa
-*-
perde-se a palavra
a palavra faz o momento
fabrica ossos e asas, dita o dia.
a palavra faz o encontro
mais longo do que podem os olhos.
a palavra adoece na hesitação dos lábios
morde o coração se perde a voz.
quer pulsos, quer veias, quer um corpo
que lhe seja leal e firme, a palavra
corre entre neurônios atônitos
sua potência escorre, perde-se
onde um coração cansado, descrente
já não advinha o rumo.
Basilio Miranda
Encontra-se a palavra
O momento faz a palavra
Dita a noite fabrica das luzes
O encontro faz a palavra
Mais longa que o toque.
Quer gestos, quer pele, olhos
Que falem uma língua, a palavra.
Perde-se uma força que escorre
Entre virgulas, pontos e espaços.
Encontre-se a palavra_fé
Nas mãos de um coração.
Ana Mª Costa