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como barco à deriva o lastro deixo
alivio
a carga do convés
deito fora
todas as imagens
a minha herança são metáforas
escombros sobre o azul
numa perfeita alquimia
Poema de Xavier Zarco
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pego o barco no vento
e lanço as amarras no mar do alivio
abandono-me de imagens e
molho-me no verde com a sede d' esperança
dentro da minha amnésia
encontro peixes e o sal
e o horizonte de imagens que me perseguem
não em metáforas ou escombros
mas em herança_ areias da minha ilha.
Ana Mª Costa
Querida Ana
A tua poesia... sempre.
Aqui neste mar de sol e sal
Aqui
não há medidas que nasçam na mesa dum arquitecto
Aqui
não têm ecos as palavras, ou dias felizes
Aqui
tudo é distância, só a asa é um tecto
Aqui
só os deuses e o silêncio lançam raizes...
Beijinhos
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