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a diferença em mim vista por vós, é a mesma por mim vista em vós.

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Sexta-feira, 9 de Outubro de 2015

Flor em pó

Flor em pó


escrito por A.fe às 07:54

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Sábado, 10 de Fevereiro de 2007

caro Zenite

abro este canto para o contactar. o seu não permite comentários.
se um dia vier cá ,novamente, fique sabendo que li a sua poesia e a senti.
e fique também sabendo que lá voltarei.
Caro poeta este blog está inactivo, como pode ver,  tenho outro que actualizo de semana a semana(http://ana-maria-costa.blogspot.com). além do blog possuo uma lista de poesia (Amantedasleituras) de acesso reservado mas caso esteja interessado, a sua qualidade tem licença para entrar, só precisa de me dizer.
escreva-me para:amsoarescosta@gmail.com
obrigado pelo comentário e contacto.
ana maria soares da costa

escrito por A.fe às 23:14

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Terça-feira, 28 de Novembro de 2006

link do meu novo blog

link do meu novo blog

http://ana-maria-costa.blogspot.com/

 

opinem eu adoro quando o fazem!

 

a vossa fã

 

ana maria costa


escrito por A.fe às 17:44

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Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006

Fala-me de lágrimas

Hoje, ligo-lhe do telefone amarelo cheio de cuspo de letras da boca  e hálito de quem tanto fala. procuro –a sedenta de novidades  porque sei que daquela sua fonte de charcos de águas escondidas nas sombras tem aberturas na língua.

 

 É por isso que lhe ligo!

 

A Maria da Conceição, é uma moça casadoira que vive por trás das cortinas, tem consigo constantemente o seu telemóvel vermelho de luzes azuis intermitentes, não usa outras máquinas para publicar as suas notícias processa-as interiormente em estranhos maquinismos de usos de carne como ficheiros e arquivos, pulsos de ondas acústicas e uma agulha que pica cada letra e liberta da cor a tinta para a palavra.

 

 Maria tem o coração embrulhado num jornal _Aquele que quero ler, hoje.

 

Maria lembra-me uma bailarina com olhos doces  de cabelo repuxado e amarrado na música de piano que zomba do tempo e todo o tempo é um arrepio quando falo com ela.

 

Hoje, fala-me de  lágrimas -digo-lhe!

 

 Pergunto como está vestida, ela não responde logo, primeiro respira fundo como se algo muito atrasado saltasse dos seus arquivos secretos aqueles que nunca se leram a ninguém! E finalmente decide dizer que está vestida de branco como quando tinha 9 anos e continua sôfrega com voz de nevoeiro e nas pausas de chuva começa a falar da sua infância.

Pelo tema que escolheu para me contar vou ter tempo para  limpar as  manchas antigas e encardidas do meu telefone.

Não preciso do bloco branco e de canetas para gravar as notícias que vou ouvir de Maria, limito-me a ligar o  vídeo  e as imagens  mudam conforme o que ouço; sem ritmos certos, os meus olhos seguem atentos nos espaços castanhos que, por vezes, param de espanto ou abrem-se  como a uma grande boca.

 

-Fui violada quando tinha 9 anos - disse ela - dormia num quarto com as minhas  irmãs mais velhas. mais tarde contaram-me que também elas tiveram a minha idade e os mesmos pesadelos.

 

-não me faças muitas perguntas, por favor - disse docemente Maria quando me mexi na outra linha.

 

-julgava ser assim em todos os lares _ depois de uma breve pausa, continua_ sítios, casas, ou como os animais que costumava ver a brincar e a cheirarem-se em liberdade, a copularem nos campos verdes dos fundos da minha casa como os gatos ou como os leões na selva_ eu pensava que a natureza era toda igual só mais tarde soube que não!

 

Mais uma vez  Maria parou de falar!

 

Aproveito para verificar a bateria do vídeo que agora rola  em silêncio a fita de um filme inédito escrito à muitos anos nas paredes do passado.

 

Com curiosidade de saber o resto do filme e, na demora de Maria que, entretanto, parecia ter tapado o bocal , enrolo os dedos nos caracóis da linha do meu telefone imaginando puxar a voz no telemóvel de Maria.

 

O meu silêncio espreita a sua voz que não tardou em aparecer com vestígios de ranho mas mais recomposta e não fosse ela uma boa actriz, como tal, arranja-se ao seu papel e entra em cena..

 

 

 Lentamente e baixinho à terra o som surge desenvolvendo a notícia.

 

Um dia à noite quando a madrugada beija as árvores e os mochos piam as horas. A puberdade acorda no quarto ao lado, sorrateira  e bandida, avança pelo pequeno corredor que separa as diferentes naturezas e  passo a passo,  flutuam sonhos descalços debaixo dos meus cobertores só os consigo ver pela frincha da persiana onde passa a chama da lua com os sonhos  predadores que tocam o meu sexo .

 

Maria faz outra pausa. Sento-me na cadeira acolchoada onde me arranjo à melhor posição e  trinco pipocas dos segundos.

Esperando o final do intervalo, bebo Porto velho no copo da paciência.

 

 

Antes -continua Maria - sonhara com fadas azuis sentadas junto aos contentes rios, apanhavam flores para encher as minhas almofadas da cama e eu dormia com os cheiros de rosas sem espinhos.

 

Antes _eu escovara o cabelo comprido e pretos da minha boneca Úrsula com pentes de olhos.

 

Antes eu não reparara que por baixo da roupa curta e branca de uma bailarina ouvia-se um corpo, um fruto de pouca pelagem negra com dois gomos vermelhos _ ela era uma menina!

 

Guardava a minha boneca numa caixinha que pensara ser mágica, porque, de vez em quando, quando  eu a abria, ouvia uma música de piano, tão linda que me fazia rodopiar.

 

Mais um silêncio da Maria  mais um arranjo na cadeira e mais uma golada de Porto!

 

Retoma a voz ao telemóvel fervente e canceroso.

 

 Naquela noite, da caixa de música,  em vez da Úrsula , sai  um feiticeiro  muito feio e despido de batas de meias luas, adorna a cabeça com um chapéu bicudo e cheio de estrelas que reluzem como os seus olhos maléficos. Ele, sem dar gargalhadas, calado no sussurro, devagar acaricia a  sua varinha mágica entesada,, para cima e para baixo,  à medida que a sua mão aperta os gemidos aos astros do quarto. Tem ao mesmo tempo, no sexo do meu triste sonho a outra mão, com dedos de bruxo nos meus gomos vermelhos , são abertos os portões do pequeno buraco.

 

grito NÃO.

 

Durmo ou estou acordada?

 

Desligo o telefone!

 

Respiro e penso!

 

 - Ninguém conta histórias como a Maria Conceição.

 

 

©Ana Mª Costa

 

24 de Novembro 2006

 

 


escrito por A.fe às 17:14

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Sexta-feira, 17 de Novembro de 2006

Uma pequena pérola*comentário de José Félix

Do eco
responde o silêncio
às folhas
das árvores quando
o Outono
levanta
voo!


Ana Mª Costa
 
 que me desculpem os caros confrades por ter retirado este pequeno texto, mas um grande poema, do contexto do poema colectivo "O Pato Grasna no Silêncio do Eco" É que, às vezes, senão muitas vezes, a intertextualidade cria pérolas como esta.

 

eco, a ninfa que distraía hera, mulher de zeus, para este tecer brincadeiras com as outras ninfas no bosque, aqui, neste poema, intencionalmente ou não, a autora corta, irremediavelmente, o processo ad infinitum  típico de uma voz que ecoa numa montanha até se perder do ouvinte primeiro, mas que continua, para sempre, noutras aragens. o verbo responder é o culpado desta situação que pode parecer insólita, retomada pelo outono que levanta voo. o outono é outro eco que se liga ao primeiro, na atitude dialógica do poema.

 

josé félix

Muito obrigado Félix!

jinhos

Ana


escrito por A.fe às 13:10

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Quarta-feira, 15 de Novembro de 2006

Hoje

 

Hoje

 

Hoje visto os meus olhos de castanho a condizer com a pele da terra

Hoje visto a minha boca de rosa a condizer com a minha roupa  interior

Hoje visto ao meu cabelo o cheiro de rua a condizer com o perfume dos meus passos

Hoje visto nas minhas mãos o passado e nos bolsos da vida escondo detritos secos

Hoje visto nos dedos anéis de madeira que reluzem a ouro

Hoje escrevo a branco o que condiz a um fundo de cor diferente!

 

Ana Mª Costa

 


escrito por A.fe às 15:33

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Terça-feira, 31 de Outubro de 2006

poema a duas mãos*Francisco Coimbra e eu

ANA MARIA

nunca escrevo poesias para as pessoas

pois as escrevo com elas e por elas

mas sem ser para as dar senão

 

como as flores nascem do chão

nas plantas que as dão

 

assim plantei este poema para ti!

 

(fazendo uma poesia à moda do Assim)

VIDRO INCOLOR

pequenas peças do meu corpo

sabes que gosto de flores!
envio letras...

são delas o perfume que me trás a pele do meu amor

mas penso que não nasce das plantas

mas sim do vidro incolor

 

            Ana Mª Costa

 



poema a duas mãos*eu com a Alice Sequeira

no cabelo pintou madeixas de outono

e na boca o sangue das cerejas

trazia na pele o aroma das rosas

e uma lágrima verde a apodrecer

na lapela

 

Alice Sequeira

 

No húmus a lágrima cresce madrugada

 

e o Outono leva nas folhas a tinta do velho amor.

 

Compro lindas roupas, uns lábios novos e sacudo o verde da lapela

 

e das estações da pele na roda dos meus aromas

 

cresce no meu útero uma nova flor.

 

Ana Mª Costa

 

 


escrito por A.fe às 16:30

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Sexta-feira, 27 de Outubro de 2006

Miragem

É sobre a tábua da tua imagem que a paisagem

Segura o horizonte cansado das tuas cores

na miragem do baço corpo em que mergulho água

limpo as recordações dos sorrisos oferecidos

como crianças em imaginação agarram o arco-íris.

 

Ana Mª Costa


escrito por A.fe às 17:27

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um agradecimento do meu querido amigo Francisco Sobreira

recebi em pvc este mail:

Querida Ana. Como está indo? Espero que tudo esteja correndo bem para você. Olhe, quero lhe comunicar que fui o primeiro colocado num Concurso de Poesia no Estado onde resido. Cada candidato concorria com 10 poemas. Houve 80 candidatos. Estou lhe dando essa notícia, porque foi você que me incentivou a escrever poesia, já que sou ficcionista.

 Um jinho do Francisco

 

 

Este é o poema vencedor:

 

DISCORDÂNCIA

 

Perdoe a ousadia de discordar de você,

alguém que na poesia  anda de gatinhas.

E ama demais os versos

que o seu gênio de vozes múltiplas criou.

Mas, Fernando, não acho que o poeta seja um fingidor

 

Francisco Sobreira

 

 

Obrigado eu pelo carinho que me dás francisco!

 

Ana Mª Costa

 


escrito por A.fe às 12:25

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